1 em cada 3 alunos é vítima de bullying

Pelo menos 130 milhões de menores entre os 13 e os 15 anos já viveram episódios de intimidação na escola ou perto dela, segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)

O Dia Mundial de Combate ao Bullying assinala-se a 20 de outubro, com o objetivo de consciencializar a população mundial para esta forma de violência, de apoiar e incentivar as vítimas a denunciarem estas graves situações e de encontrar formas de as prevenir. Nesta data são promovidas campanhas de prevenção e combate ao bullying, especialmente nas escolas, e são revelados relatórios de estudos sobre este problema de cariz social.

“Todos os dias, estudantes enfrentam vários perigos, incluindo lutas, pressão para se juntar a gangues, intimidação pessoalmente ou através da internet, formas violentas de disciplina, assédio sexual e violência armada” , alerta a diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore. A mesma acredita que, a curto prazo, isso tem impacto na aprendizagem dos jovens e, a longo prazo, pode levar à depressão, à ansiedade e ao suicídio.

Para tentar ajudar a solucionar este problema, a Unicef apela a uma ação urgente a nível mundial e faz algumas recomendações fundamentais. A Unicef acredita que os países devem aprovar nova legislação, aumentar os programas de prevenção, estimular as comunidades a mudar a cultura das salas de aulas e reunir melhor informação sobre este assunto. Nas redes sociais, a Unicef pede que jovens de todo o mundo lembrem as suas histórias, usando a hashtag #ENDviolence e partilhando soluções que têm alcançado bons resultados.

Família. Esta é a principal estrutura na prevenção e no combate à violência praticada contra crianças e jovens, assim como a escola. Os pais devem perguntar diariamente aos filhos sobre o seu dia na escola e tentar compreender pelas respostas se os filhos estão tristes ou distantes, o que poderá indicar problemas a nível de bullying. Por isso, encoraje os seus filhos a expressarem o que sentem, a dizerem “não” quando estão desconfortáveis e a não reagirem com violência, para não gerarem ainda mais violência.

Fonte: calendarr.com e news.un.org

“Causava dor nas outras pessoas”
Revoltado por causa da ausência paterna, Carlos descontava os seus sentimentos negativos em pessoas mais frágeis e com um jeito diferente
(Carlos Henrique Moraes)