“Causava dor nas outras pessoas”

Revoltado por causa da ausência paterna, Carlos descontava os seus sentimentos negativos em pessoas mais frágeis e com um jeito diferente

Durante muitos anos, Carlos, hoje com 29 anos, perseguiu, humilhou e chamou nomes aos colegas de escola.

“Fui criado apenas pela minha mãe, não tinha a figura de um pai junto comigo e isso trouxe-me uma revolta muito grande.”

Carlos conta que a passagem da infância para a adolescência foi conturbada. “Juntava-me com alguns colegas e quando víamos uma pessoa mais frágil, com um jeito diferente, nós tínhamos preconceito e corríamos atrás, rasgávamos-lhe a roupa e dávamos risada da pessoa.”

Carlos diz ainda que a ação ocorria sempre na presença de outros jovens. “Eu agia dessa maneira para mostrar que tinha poder, que era o maior.”

O jovem explica que só percebeu o mal que provocava nas outras pessoas depois de chegar a adulto, quando começou a participar nas reuniões da Universal. “Compreendi o que os meus traumas causaram em mim e pude entender a dor que as pessoas sentiam por causa das minhas atitudes. Hoje, sou uma pessoa diferente e ajudo outras pessoas.”

Carlos Henrique Moraes