Violência é real em 50% dos namoros

Segundo estudos nacionais, realizados pela UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) e pela Associação Plano i, mais de 50% dos jovens portugueses já passou por um episódio de violência durante o namoro.

Para 68,5% destes adolescentes, de acordo com a UMAR, alguns atos de violência não são vistos como tal, um facto também presente no estudo da Associação Plano i: “Há uma tendência para desvalorizar algumas manifestações de violência física, como o empurrão ou a bofetada, ou outras formas de agressão, como obrigar a dar as credenciais das redes sociais, o querer mexer no telemóvel do outro e ver as mensagens. Tudo isto não é visto como violência, é percebido como prova de amor”, explica Sofia Neves, psicóloga, investigadora e presidente da Plano i.

“Há sinais a que os jovens devem estar atentos, o problema é que no início são subtis: começam pelo controlo, pela tentativa de impedir que a/o sua/seu parceira/o tenha o seu quotidiano comum e depois as situações vão escalando para situações cada vez mais graves. Ou seja, a violência começa muitas vezes por ser psicológica [culpar, insultar, criticar], depois evolui para a violência social [controlar a forma de vestir, aparecer de forma inesperada em locais públicos onde a/o parceira/o possa estar, controlar as mensagens e redes sociais], violência física [ameaças de morte, atentar contra a vida, causar ferimentos que precisam de tratamento médico] e em algumas situações, sexual também. As raparigas sofrem mais com a violência no namoro mas também a praticam sobre os rapazes. Só há um tipo, a sexual, em que há nitidamente uma grande diferença, sendo mais elas as vítimas e eles os agressores. Por exemplo, os nossos dados revelam que 7% das raparigas admitem ter comportamentos sexuais não desejados e 6% confessam ter sido forçadas a ter relações sexuais”, esclarece ainda a investigadora.

Conviver com qualquer tipo de violência, seja ela física ou psicológica, não é aceitável e é um comportamento que os jovens que fazem parte do grupo Força Jovem da Universal aprendem a combater desde cedo. Por isso, se tens sido alvo de algum tipo de violência procura a FJU na Universal mais próxima de ti e descobre que existe um novo jeito de ser jovem e que o futuro está repleto de possibilidades!

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