“Tornei a vida dos meus pais um inferno…”

Rosa, como mãe, nunca imaginou ver o seu filho no mundo da toxicodependência

Quando casou, Rosa pensava que todos os traumas ficariam no passado, mas não foi isso que aconteceu, pois passou 25 anos numa profunda depressão. “Só queria ficar fechada e não falava com ninguém. Para ir à rua tinha que ser acompanhada pois não conseguia sair sozinha. Tomava 30 comprimidos por dia e, mesmo assim, não conseguia dormir. Tentei o suicídio três vezes. Era um vazio, um pesar que eu sentia. Ouvi falar da Universal através de uma amiga, que dizia existir um Deus que podia fazer tudo na minha vida, desde que eu cresse. Já tinha batido em tantas portas, por isso, tentei mais uma. Nessa noite já dormi e assim fui-me libertando de tudo, de todas as doenças, da depressão.”

O FILHO

Já livre dos seus problemas, Rosa desconhecia que mais um estava a desenvolver-se na sua própria casa. “Vim a descobrir que o meu filho estava nas drogas. Para mim, foi o fundo do poço”, conta a mãe.

Já Luís afirma que foi na adolescência que teve a sua experiência com o tabaco, as saídas à noite e a agressividade. “Comecei a ter atritos em casa com os meus pais”, relembra o jovem. Para o desespero de Rosa, as saídas de Luís eram cada vez mais ausências, pois saía sexta-feira e muitas vezes só regressava na segunda-feira seguinte.

AS DROGAS

“Estive envolvido com as drogas desde os meus 13 anos até cerca dos 22. Comecei pelo haxixe, ecstasy, LSD, ou seja, tudo o que aparecia nas festas eu consumia, tudo para parecer bem”, conta o jovem a quem, na altura, as drogas eram oferecidas. Dos piores momentos que enfrentou, foi aos 17 anos, quando a sua mãe foi chamada à escola e encontrou droga nos bolsos do filho. A polícia teve que ser chamada ao local, pois a quantidade era superior à permitida para consumo. Sem objetivos e sem trabalho, Luís já era visto como um caso perdido, pois a sua vida era só a noite e sair com os amigos.

MUDANÇA

Embora não parecesse, o jovem estava atento à mudança da sua mãe. “Tinha outra postura, mostrava carinho, atenção. Isso despertou a minha curiosidade, queria saber de onde vinha aquela mudança.” Já Rosa, ao mesmo tempo, orava a Deus, entregando o futuro do filho nas Suas mãos. A primeira vez que assistiu a uma reunião, Luís sentiu que saiu do local diferente, mas não pensava voltar. Porém, uma semana depois estava de volta. “Gradualmente, os maus sentimentos, a tristeza, tudo foi desaparecendo. Não foi fácil, mas fui perdendo o interesse pela velha vida, pelas drogas, passei a ter objetivos! Hoje, sou totalmente diferente, trabalho e construí uma família. Amo muito os meus pais, estou presente quando precisam, mas, para isso, foi fundamental conhecer a Deus na Universal!”      

Rosa e Luís

Fonte: Folha de Portugal