Recentemente, a Rede Europeia Anti-Pobreza revelou que 17% dos pobres em Portugal têm emprego

Cerca de 17% dos pobres em Portugal são trabalhadores, ou seja, mais de 1,1 milhões de portugueses não têm um ordenado digno, alertou, recentemente, o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza, Agostinho Moreira, salientando ainda a necessidade de haver uma maior justiça na distribuição da riqueza. “Entre os pobres em Portugal, 17% são trabalhadores. Quer dizer que não basta ter um emprego para estar fora da pobreza. Não basta. É preciso ter um ordenado digno”, afirmou o responsável à Lusa.

O responsável sublinhou também que “não basta ter um qualquer dinheiro para ter uma vida adequada à dignidade humana, é preciso ter um rendimento adequado, que possibilite satisfazer as necessidades familiares”. Por outro lado, salientou que existem muitas pessoas que têm dificuldade em aceder a empregos mais bem pagos porque lhes faltam as qualificações necessárias. Nesse sentido, defendeu que falar da necessidade de um trabalho digno implica também uma política de formação em educação, sobretudo pensada nos mais novos, “para que eles não fiquem fora do emprego qualificado”.

Qualificações. Jardim Moreira defendeu que é preciso emprego com capacidade de respostas para as necessidades da pessoa ou da família e que, para isso, é preciso que as pessoas tenham mais e melhores qualificações. “Não basta ter emprego, é preciso qualificar as pessoas para elas poderem ter acesso a empregos mais bem remunerados e terem mais rendimentos”, defendeu.

Fonte: Público e 24sapo.pt com Lusa

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