O desespero de uma mãe

Ao ver o sofrimento da filha e sem encontrar solução na medicina, Maria de Fátima recorreu à bruxaria e viu a sua vida ser completamente destruída

 

“Casei em 1980 e, 2 anos depois, nasceu a minha primeira filha, que, aos 7 meses, começou a ter muitos problemas. Não dormia, não comia, chorava de noite e de dia, apareceu-lhe um tumor na face, tinha anemias constantes, perdia o andar do nada… Quando lhe apareceu o tumor na face, os médicos desenganaram-me a mim e ao pai, dizendo que teríamos de estar preparados para o pior. Ninguém conseguia descobrir a origem do problema e a minha filha passou a levar duas injeções de cortisona por dia.

Foi, nessa altura, que alguém me convidou para ir a um centro espírita e nós, pais, levamos lá a nossa filha. Apesar de me ter assustado muito de início, tivemos de começar a fazer trabalhos na praia para que o problema supostamente desaparecesse. Fizemos tudo o que nos mandaram e o problema na face desapareceu, mas a minha filha continuou a não dormir, a gritar de dia e de noite e a perder o andar”.

 

BRUXARIA

“Nós continuámos a recorrer a médicos particulares e a centros de bruxaria. Quando a minha filha tinha 5 anos, fui confrontada com o guia que supostamente comandava a família do meu marido, que disse que a minha filha teria de ser preparada para ser a sucessora da avó, que era espírita. Como não aceitei, tive de ficar no lugar da minha filha e entrei de cabeça no mundo da bruxaria. Fiz um pacto de sangue e servi aos encostos durante 10 anos.

Foi assim que perdi tudo na vida, inclusive o trabalho! Para além da minha filha não descansar, o nosso casamento estava totalmente destruído. A minha vida financeira estava igualmente a desmoronar-se, começando a passar cheques sem cobertura, perdendo os negócios e tendo a polícia atrás de mim”.

 

SUICÍDIO

“Durante um ano, fui ouvindo uma voz que me dizia para me matar. Tentei o suicídio 5 vezes, a última das quais após o nascimento da minha filha mais nova, 10 anos depois de tudo isto começar. Quando a menina tinha apenas 5 meses, comprei um frasco de veneno 605 forte e, de madrugada, levantei-me para o ir tomar. Mas, quando o ia fazer, escutei uma voz: ‘E as tuas filhas? Elas vão ficar a sofrer e não têm culpa de nada!’. E, foi neste estado, que entrei na Universal no dia 14 de dezembro de 1992. Foi uma luta espiritual muito grande, mas libertei-me e consegui reconquistar tudo o que tinha perdido”.

 

AFASTAMENTO

“O meu marido esteve um ano comigo na Igreja e, depois de sair, começou a maltratar-me física e psicologicamente. Aguentei durante 7 anos, pois não tinha entrado na Igreja para me divorciar. Mas como os maus-tratos eram tantos e os problemas também, acabei por sair da Igreja. Foi o maior erro que cometi na minha vida! Eu e as minha filhas estivemos afastadas três anos e meio e, durante esse tempo, cometi erros que nunca tinha cometido antes, ficando muito doente”.

 

REGRESSO

“Até que, um dia, eu e as minhas filhas regressámos à Universal. Quando disse ao meu marido que ia voltar para a presença de Deus, ele disse-me que me matava. Então, tive de fugir de casa com as minhas filhas. Mas, hoje, com a graça de Deus, eu e as minhas filhas estamos unidas e na presença de Deus. Passados 17 anos de ter voltado, estamos as três a servir a Deus como obreiras e não tenho como agradecer o facto d’Ele me ter ido resgatar a mim e às minhas filhas”.

 

REGRESSO

Depois de decidir regressar à Universal, em conjunto com as filhas, Maria de Fátima teve de enfrentar as ameaças de morte do marido, que se mostrava totalmente contra a Universal. Com medo, fugiu de casa, levando as filhas. “Mas, hoje, com a graça de Deus, eu e as minhas filhas estamos unidas e na presença de Deus. Passados 17 anos de ter voltado, estamos as três a servir a Deus como obreiras e não tenho como agradecer o facto d’Ele me ter ido resgatar a mim e às minhas filhas”.

Maria de Fátima Anunciação Silva

Fonte: Folha de Portugal