Mais de 200 cristãos são mortos na Nigéria

O mês de julho foi de lamentação para os cristãos na Nigéria, no continente africano.

Segundo um pastor nigeriano de uma igreja local – em entrevista ao jornal Premium Times -, um grupo de cristãos que voltava de um funeral foi atacado por terroristas armados da etnia Fulani.

Ele acrescenta que os homicídios ocorreram nas vilas Nekan, Kufang e Ruku.

A ONG Open Doors contabilizou 200 mortes em mais de 11 aldeias.

Reincidência

Essa não é a primeira vez que membros da etnia Fulani – que é de ideologia islâmica extremista – atacam cristãos no país.

No mês de janeiro desse ano, o Universal.org noticiou sobre 800 pessoas assassinadas pelo grupo por causa de sua fé.

Desde aquela época, os terroristas Fulani passaram a usar fuzil AK-47 em suas execuções – por isso, acredita-se que eles estão sendo incentivados e municiados por outros grupos extremistas do islã.

A crueldade dos Fulani chama atenção. Ainda em janeiro, foi registrado um ataque contra uma vila em plena luz do dia e até mesmo policiais locais não foram poupados.

De trabalhadores rurais a assassinos

A situação no país se agrava com a disputa por recursos naturais entre a população – principalmente, a rural.

De acordo com um pastor local, Gideon Para-Mallam, é preciso compreender a causa desses últimos acontecimentos. Ele relata que os extremistas Fulani – habitantes da área rural que pastoreavam gado – são o Boko Haram “disfarçado”.

Até pouco tempo, os Fulani tinham uma convivência pacífica com os fazendeiros da região. Porém, eles deixaram os seus cajados para atacar as fazendas, as vilas, não poupando homens, mulheres ou crianças, incendiando casas, destruindo os lugares, afugentando os sobreviventes.

Para-Mallam acrescenta que os casos registrados no estado de Plateau são recorrentes, porque a localidade tem forte presença de cristãos.

O relatório “World Watch List 2018” mostra que a Nigéria é o 14º país mais perigoso para os cristãos.

Fonte: Universal