Duas vidas, com um único desígnio
Theresa hoje compreende que a sua vida foi projetada pelo Próprio Deus. A violência doméstica, o convento, o amor impossível e a doença foram parte de um plano superior que Deus tinha para salvar a sua vida…
“A minha vida atualmente é fantástica! Sou batizada com o Espírito Santo, amo ir à Igreja, trabalho, a minha saúde está ótima, não tenho qualquer condição médica.
Ao longo de 12 anos, a minha vida foi sendo transformada, sou feliz e tenho paz, algo que nunca tive no passado. A fé tornou-me uma pessoa verdadeiramente forte e fez-me conhecer a Deus e aprender a confiar e a depender d’Ele.”
A VIOLÊNCIA
“Antes de conhecer a Universal, fazia parte de uma família onde existia muita violência doméstica. O meu pai era mulherengo, mas nunca permitia que a minha mãe dissesse algo a respeito. Sempre que ela o fazia havia discussão. Muitas vezes, eu tentava defender a minha mãe, afastando-a do meu pai ou batendo no meu pai com um pequeno pau, para que ele parasse de agredir a minha mãe.”
O CONVENTO
“Olhando para o que a minha mãe sofreu, costumava dizer a mim mesma que nunca me casaria com ninguém, para ser maltratada da mesma forma que a minha mãe estava a ser. Por isso, tornei-me focada nos meus estudos. Conheci o Emile quando estava no convento, a preparar-me para ser freira. Ele, por sua vez, estava a preparar-se para se tornar padre.”
A RELIGIOSIDADE
“Apaixonámo-nos, mas as autoridades eclesiásticas não queriam que abandonássemos a nossa ‘vocação’. Eu continuei como freira, mas ele não. Vinte anos mais tarde, voltámos a encontrar-nos no Reino Unido, para onde eu tinha sido enviada para estudar. Ao longo de todo este tempo, ele nunca tinha casado, embora tivesse muitas mulheres interessadas nele. Disse-me que sempre que pensava em mim terminava a relação, pois não se via com mais ninguém. Tornou-me a pedir em casamento e eu aceitei…”
AMOR VENCEU
“Casámos e, precisamente, dois meses mais tarde, ele teve uma hemorragia cerebral e um AVC. Para além do AVC, ele também teve meningite. Ele tinha tubos com antibióticos ligados ao cérebro e questionava-me por que motivo ficara doente naquela altura. Falei com uma psicóloga, que me disse que eu tinha capacidade para arranjar um emprego e cuidar de mim, pois o meu marido nunca mais iria recuperar e que ele deveria ser internado num lar. Fiquei furiosa, pois tinha casado com aquele homem e iríamos ficar juntos, tanto na saúde, como na dor.”
DOENÇA E FÉ
“Conheci os evangelistas da Universal quando estava com o meu marido numa unidade de neurologia em Whitechapel. Este casal tinha ido visitar os pacientes locais. Iniciámos uma conversa, contei-lhes a minha história e oraram por nós. A Igreja Universal é uma casa de oração, onde conheci a Deus. Cheguei aqui destruída, deprimida, ansiosa, religiosa… mas, disse a mim mesma: ‘Theresa, de hoje em diante não és mais católica, nem sequer cristã… tu tens fé, acreditas! Por isso, vais passar a conhecer Deus como nunca. Por isso, mentalmente, bloqueei o meu passado e comecei a aprender sobre a fé. Sou parte da família Universal e sou uma filha de Deus!”
DESÍGNIO DE DEUS
“Por desejar que outros tivessem a mesma oportunidade do que eu, hoje sou obreira, ajudo outras pessoas, ganho almas, faço parte do grupo de oração e em todas estas responsabilidades conheço pessoas que foram religiosas como eu fui. Ajudo-as a compreender e a iniciar essa transformação. Superei muitas coisas, em primeiro lugar, lutei pela salvação do meu marido e foi apenas depois de ele ter falecido que me apercebi que Deus me usou para o salvar e a ele para me salvar a mim. Se a narrativa tivesse sido diferente, não estaria aqui hoje! O que mais prezo e valorizo é a minha salvação. Superar a raiva de um passado sombrio e apenas ter paz… faz-me ter a certeza que hoje sou uma nova Theresa. Nada do meu passado permanece, o que ganhei e superei por ter conhecido a Universal, nenhuma quantia poderia tê-lo feito!”
Theresa Egita Erako
Fonte: Folha de Portugal