Do sofrimento surgiu a felicidade plena

“Desde muito nova, sofria com dores insuportáveis, causadas por um quisto nos ovários, chegando a ter de ficar de cama, a desmaiar nas aulas e a ter de ir para o hospital. Entretanto, comecei a ser medicada, mas a perspetiva dos médicos era que teria de me habituar a viver assim.

Apesar de ter crescido numa família com uma ótima educação, feliz e com pais lutadores, existiam muitas discussões e até agressões físicas entre eles, fruto de um ritual de inveja que também me afetou. Passei a ter ataques de pânico e de ansiedade, a cair em casa e as discussões entre os meus pais só aumentaram. Entretanto, o meu pai saiu de casa, foi viver com outra pessoa e a minha mãe passou a descontar a raiva em nós.”

Dor na alma

“Eu que era aluna de quadro de honra, de repente, a minha mente bloqueou. Não conseguia obter boas notas e reprovei a uma disciplina. Deixei de confiar em mim, passei a ser uma jovem triste, vazia e com uma imensa dor na alma. Então, comecei a isolar-me e a ter pensamentos de suicídio. Foi aí que a minha mãe procurou ajuda nos bruxos, mas tudo piorou ainda mais, pois, os meus pais, que tinham boas profissões e uma vida financeira estável, acabaram por perder tudo. E, foi assim que, aos 16 anos, comecei a trabalhar para ajudar.”

Gratidão

“Entretanto, o meu pai foi o primeiro a procurar ajuda na Universal. Eu ainda resisti, mas, com o tempo, comecei a participar na Força Jovem Universal e ali acreditaram em mim. Depois de passar por um processo de libertação, comecei a dormir, deixei de ver vultos e de desmaiar, fui curada do quisto e das dores insuportáveis. Quando ouvi falar do Espírito Santo, soube que n’Ele estava a solução para o vazio que não calava e para ser feliz. Então, busquei e recebi o mais importante, o Espírito de Deus, que abriu a minha mente. De alguém que cresceu num bairro social em que não haveria muitas expetativas de futuro, o meu trajeto começou a mudar. Fiz rádio no FJU, onde descobri que queria ser jornalista. Consegui, finalmente, acabar a disciplina que estava parada, entrei na faculdade e conclui o curso de jornalismo. Logo de seguida, estagiei na Folha de Portugal e depois noutros lugares da média portuguesa.

Deus foi proporcionando tudo, transformando a vida da minha família, libertando, curando e, hoje, não há maior alegria do que poder acordar e saber que Deus me deu um novo coração e uma nova mente para O servir. Por isso, em tudo o que faço, luto para que assim seja.”

Cemiclay Santos

Fonte: Eu era assim