De pior a melhor aluna

Marina, praticamente, nasceu na Universal. Tendo frequentado a EBI enquanto criança e o FJU na adolescência, tudo aquilo que parecia “perfeito”, de facto não era…

“Dentro da igreja eu era tranquila e dedicada, mas fora, era nervosa e conhecida como uma aluna desinteressada, que não estudava. Os professores diziam continuamente que não acreditavam que eu prosseguiria com os estudos e que, com os resultados que eu apresentava, dificilmente seria “alguém”. Com isso, eu tornava-me ainda mais insegura, falava pouco e costumava bater nos outros.

Tanto em casa, como na igreja, eu parecia tranquila, mas sentia-me incompreendida pelos meus pais e sem a atenção deles, pois trabalhavam muito e quase não tinham tempo para estar em família.

Um dia, a participar na reunião, percebi que eu era assim porque ainda não me tinha entregado de verdade a Deus. Eu ensinava os jovens novos como se comportarem para agradar a Deus, mas eu mesma não estava a viver aquilo que dizia.

Eu chegava da escola às 14h e ficava a tarde inteira em frente ao computador até às 22h, hora em que os meus pais chegavam a casa do trabalho. Nas vezes que saía com os amigos, percebia que aquelas amizades não me faziam bem, pois fumavam e tinham brincadeiras pesadas. No momento parecia divertido, mas não passava de uma ilusão. Eu chegava a casa voltava a sentir-me triste e sozinha.

Recordo que, numa sexta-feira, no momento da pregação sobre a salvação, compreendi realmente a importância que tinha a minha alma. Se eu quisesse herdar a vida eterna, teria que obedecer a Deus. Então, comecei a meditar na Bíblia e a orar mais; afastei-me das más amizade e apliquei-me na escola, tornando-me uma das melhores alunas da classe.

Hoje, tenho facilidade em falar com as pessoas e sou segura. Estou a frequentar a universidade de engenharia. Enfrentei algumas dificuldades, como a doença da minha mãe, mas aprendi a confrontar os problemas e usar a minha fé para superá-los. Posso dizer que sou feliz, converso e sinto-me bem na companhia dos meus pais.”

Marina Sequeira Neves