Sem saber, Ana Paula tinha feito do seu casamento o seu porto de abrigo. Mas, foi quando compreendeu que as suas prioridades estavam trocadas é que a sua vida começou a fazer sentido…

Depressão, pânico, bulimia até à falência dos rins e o coma… parece uma descrição algo trágica, mas, foi mesmo essa a sequência de eventos na vida da jovem Ana Paula Dantas. “O pior momento da minha vida foi o do coma, quando o médico chamou a minha família e disse que eu não iria sobreviver. Eu via demónios a vir-me buscar…”, relembra.

A PROCURA

“Aos 18 anos, batizei-me na igreja católica, pois a minha avó dizia que eu sofria por ser pagã. Fui a diversas igrejas à procura de solução. A minha mãe chegou de ir a um centro espírita e pediram que realizasse um trabalho, mas ela não quis”. A situação era tão desesperante, que a sua mãe teve de fechar a loja de roupas que tinha para cuidar da filha, já que a mesma precisava de apoio, não podia trabalhar e gastava muito dinheiro em remédios.

SOLUÇÃO: DESISTIR

Exausta de uma realidade que não desejava, Ana tomou uma decisão drástica: “Desisti de fazer diálise. Fiquei 5 dias sem fazer, quando tinha de ser 10 horas de diálise por dia. Não aguentava mais aquela vida aos 18 anos. A minha mãe pediu ajuda de psicólogos e assistentes sociais, pois eu tinha perdido a vontade de viver…”, conta. “Os médicos nunca tiveram uma resposta concreta sobre a falência dos rins. Recebi um transplante de rim da minha mãe, mas que estava constantemente a criar infeções e a ir parar ao hospital, correndo o risco de parar”.

AMOR PROBLEMÁTICO

“Quando conheci o meu marido e descobri que ele era viciado, questionei-me o porquê de uma pessoa doente como eu permitir um toxicodependente na sua vida. Todavia, saí de casa por amor, sem nenhuma estrutura para viver, foi inconsequente…”. E Ana acabou por pagar um alto preço, ao ver, numa ocasião, o seu marido chegar sob o efeito de drogas, depois de uma maratona de 3 dias a consumir. Para além da doença, a sua realidade passou a ser o vício do marido, o tráfico de drogas e a vida financeira de miséria, entre dívidas com agiotas, casa com inundações, ratos… uma pocilga, nas suas próprias palavras. “A depressão era muito forte, só o meu marido trabalhava e não tínhamos dinheiro para nada e nem perspetiva de vida, tão jovens e sem sonhos.”

A CONVERSÃO

Embora tivesse preconceito com o que diziam sobre a Igreja, Ana foi à Universal, motivada pela necessidade de mudar o seu casamento e salvar o seu marido. Para alcançar o milagre, ela admite que teve de parar de pedir pelo seu marido, pois tinha obsessão por ele. “Entendi que para salvar precisava de estar salva. Entreguei-me de alma, corpo e espírito ao Senhor Jesus”, e o resultado não se fez esperar. “Tenho o casamento que tanto sonhei e, através do meu testemunho, a minha mãe e o meu padrasto abandonaram o álcool e estão com Jesus. O meu avô, que inclusivamente detestava a Universal, hoje até é dizimista! Hoje, o rim funciona perfeitamente, e fui batizada com o Espírito Santo. Para além disso, comprámos um apartamento perto da praia no Rio de Janeiro, temos um bom carro, o nosso próprio negócio e hoje o meu marido e eu trabalhamos juntos na área da estética e saúde em Portugal. O meu marido em 3 meses comprou 4 motas e continua a somar. Temos prosperado muito!”