Por mais que se tente assumir uma postura corajosa e resiliente, o primeiro impacto para quem recebe um diagnóstico de cancro é de uma ameaça avassaladora…

É, sem dúvida, o mais temido dos diagnósticos, equivalente a uma verdadeira ogiva emocional pela sua capacidade de devastação. O cancro afeta muito mais do que o corpo da pessoa, atingindo o coração e a alma de toda a família. Encarada, não só como uma doença que mata, é a sua crueldade ao fazê-lo que faz com que a harmonia familiar vá definhando, levando a que todos sofram, juntamente com a vítima. Quando alguém é diagnosticado com cancro, a família inteira também recebe, de certa forma, esse mesmo diagnóstico. Cada um, à sua maneira, vive ao mesmo tempo tudo o que está a acontecer: a angústia, a incerteza do futuro e de saber se a vida pode terminar amanhã ou dentro de breves minutos…

A realidade de quem vive “na sombra do cancro”:
– Familiares sentem-se impotentes, por nada poderem fazer;
– Estudos afirmam que o cuidador de um doente oncológico deveria ser considerado como um segundo paciente, que exige tempo, investimento e atenção”;
– A esperança vs. medo gera um desgaste emocional profundo que, muitas vezes, é silenciado;
– O medo do que virá acompanha, diariamente, a antecipação do luto, que também é desgastante;
– Existe dor, angústia e uma contagem decrescente para que a doença não faça desaparecer para sempre quem se ama;
– A fé, o amor e o cuidado são as maiores armas contra o desespero.

Fonte: Eu era assim

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