Abuso sexual, violação, o homicídio de um ente querido… onde traçamos a fronteira entre o que devemos guardar como ato imperdoável e o que optamos por perdoar e, finalmente, “deixar ir…”?

Peço desculpa, mas há coisas imperdoáveis… afirmamos tantas vezes para justificar aquilo que vamos acumulando no nosso interior. E, sem nos darmos conta, de um pequeno compartimento, vamos expandindo para um verdadeiro depósito de “resíduos” emocionais. Estes são os verdadeiros acumuladores da sociedade moderna, que vivem de forma prática, rápida e “descartável” no seu dia a dia, mas que interiormente se isolam em mágoas, dores e ressentimentos, sem nunca colocarem a possibilidade de “deixarem ir” aquilo que pertence ao passado.

ONDE RESIDE O PERIGO?

O perigo é de nos “apegarmos”, de criarmos verdadeiras “mágoas de estimação”, que passam a orientar a nossa vida, seja na tomada de decisões ou na nossa forma de estar. É importante levarmos sempre em conta que “deixar ir” nunca será pelo outro e que é uma bandeira que, embora tenhamos todo o direito de levantá-la, em nada nos irá beneficiar, muito pelo contrário. Já está cansado de escutar sobre a história dos benefícios do perdão? Pois bem, tente escutar, de mente aberta, uma última vez…

PERDOAR DE VEZ!

Preocupamo-nos com o nosso corpo, com as mazelas que o mesmo possa sofrer, mas esquecemo-nos ou ignoramos que também a nossa alma pode ganhar “feridas”. No seu livro “O Prazer da Vingança”, o Bp. Edir Macedo revela os segredos para vencer as mágoas, angústias e ressentimentos que podem destruir a alma. É a escolha de perdoar que tem o poder de libertar, curar e restaurar a paz interior. Por isso, olhar para dentro de si e começar por “deixar ir” o que o fere e prejudica é o primeiro passo para mudar de vida. Tal como a Bíblia refere, existe tempo para tudo, inclusivamente para nos desapegarmos com coragem e deixar ir…: “Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora” (Eclesiastes 3.6)

Fonte: Eu era assim

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