Paula viu nascer dentro de si uma revolta contra as humilhações que o seu pai infligia na sua mãe
Desde cedo que Paula viu as constantes traições paternas, assim como a dor e a humilhação sofridas pela sua mãe. “Eu cresci no meio de traições, não percebendo como é que o meu pai fazia aquilo e mesmo assim era adorado por todos. A minha mãe, que estava demasiado fragilizada, viu o meu pai, com 32 anos, apaixonar-se perdidamente por uma menina de apenas 15!”. Para agravar ainda mais a já frágil situação, Paula viu a sua mãe ser agredida e posta fora de casa. Tendo de ir viver para casa da avó, onde morava um tio viciado em drogas e álcool, Paula viu a decadência aumentar à sua volta. Para além de a sua família ter perdido tudo, Paula viu a mãe tornar-se depressiva, bipolar e agressiva.
VINGANÇA
Continuando com essa ferida interior, surgiram os medos, o ódio, a ansiedade, a raiva e o desejo de vingança contra o pai, tendo sido assim que Paula acabou por se envolver com as pessoas erradas. “As traições foram um fio condutor na minha vida, pois, passei a replicar tudo aquilo que o meu pai fazia. No meu primeiro relacionamento era agredida e traía como forma de vingança, durando cerca de 5 anos. Apesar de já termos uma vida construída, acabei por tomar a decisão de me separar. Então, envolvi-me no mundo das drogas devido a uma pessoa que conheci, traindo e sendo traída. Chegámos ao ponto de trair em conjunto, tinha apenas 19 anos e já estava no fundo do poço! Este segundo relacionamento durou cerca de 5 a 6 anos, vivemos juntos e tivemos uma filha”. A partir daí, foram as drogas e, ao começar uma terceira relação, pensando que iria mudar alguma coisa, passado um ano, Paula acabou por se ir embora. “Fiquei uma semana perdida, pensando em suicídio, bebendo, drogando-me… mas, ainda assim, pedia ajuda a Deus”.
NADA A PERDER
Quando decidiu ir buscar as últimas coisas a casa do namorado, foi quando ele apareceu e lhe abriu o seu coração, acabando ela por fazer o mesmo. Reataram e receberam o convite da sogra para irem à Universal. “Eu que já tinha tentado tudo, respondi-lhe que ia porque já não tinha mais nada a perder! Falei com o meu agora marido, disse-lhe que íamos à Igreja, fomos e, mal entrei, senti logo uma paz. A partir daí, tudo começou a mudar e foi assim que começou a minha caminhada com Deus. Entretanto, tive uma bebé, tendo eu estado em risco de vida, mas, passado um ano e meio, recebi a verdadeira paz, a cicatrização de todas as minhas feridas, a alegria e o perdão, o batismo com o Espírito Santo. Hoje, vivo em paz com o meu marido e sou feliz”.
Paula Gomes
Fonte: Folha de Portugal
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