Desconhecendo o seu próprio valor e sofrendo com uma dor interior constante, Beatriz depositou toda a sua vida nas mãos de outra pessoa
Triste, vazia, com pensamentos de suicídio e crises de ansiedade, Beatriz sentia-se só, mesmo estando rodeada de uma família que a amava. “Tudo isso foi reflexo de um trauma de infância, onde sofri abusos frequentemente, entre os 6 e os 12 anos. Nunca tive coragem de contar a ninguém porque me sentia culpada e não me perdoava por isso. Sentia nojo de mim própria e acabei por desenvolver vários complexos, cortando-me para tentar aliviar a dor que sentia na alma”.
FALSA FELICIDADE
Quando conheceu e se começou a envolver com o trabalho da FJU, Beatriz foi-se abrindo aos poucos, “mas, na verdade, só aparentava estar bem, pois, tinha uma falsa sensação de alegria”. Enquanto estava no meio de todos, sentia-se feliz, “mas quando chegava ao meu quarto, chorava sem motivo, sentia-me triste e comecei a tentar preencher o vazio interior com amizades. Tudo o que os outros faziam, eu também fazia. Eu, literalmente, transformava-me em alguém que não era, para agradar no meio em que estava e para sentir que fazia parte”.
ENTREGA E SUPERAÇÃO
Após quatro anos na FJU, Beatriz conheceu alguém e namorou durante dois anos, perdendo-se completamente. “Escolhi virar as costas para Deus e focar-me nesse meu namorado. Durante um ano, foi tudo muito bonito, mas, depois, a relação tornou-se abusiva e, quando dei por mim, já não sabia quem era! Entretanto, engravidei, correu tudo bem, mas, acabei por me ver sozinha com um bebé de três meses nos braços”. Em pleno estado depressivo, Beatriz vivia fechada no seu quarto, sem ter forças para cuidar de si e do seu filho. Mas, depois de quase dois anos nessa situação, “vi que estava a entrar num ciclo vicioso e lembrei-me do tempo em que era feliz na FJU. Aí, percebi que não havia outra solução senão voltar e decidi entregar-me por completo a Deus, deixei tudo para trás e, hoje, tenho amor próprio, sou feliz comigo mesma e sei o meu valor. Agora, tenho a paz e a verdadeira alegria dentro de mim!”
Beatriz Correia
Fonte: Eu era assim
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