A pessoa que escapa com vida poderia até ser considerada “sortuda”, se, na quase totalidade dos casos, não acabasse por ser tornar um “vegetal”.
Quando, de repente, Fernando quase perdeu a visão, foi de imediato para casa. “O médico de família supôs que fosse uma enxaqueca ocular e fez uma carta, aconselhando-me a ir às urgências. Após horas de espera, fui submetido a diversos exames que nada detetaram. A conclusão é de que seria um problema de neurologia…”. Fernando foi mandado para casa, para aguardar a consulta da especialidade. “Quando na segunda-feira me levantei para ir trabalhar, a fala já estava enrolada…”, relembra.
UCI
Fernando ainda estava longe de imaginar o que tinha, mas, ao ficar internado, foi diretamente para os cuidados intensivos. “Os sintomas foram-se agravando, perdi a fala, as forças físicas. Como não conseguia falar, tentei escrever, mas não tinha sensibilidade nas mãos. Alternava entre a consciência e a inconsciência… estava a sofrer um AVC.”
O CÉREBRO
“O médico disse que não sabia como é que eu estava vivo, que num milhão dos que acontece o que me aconteceu, um escapa com vida e esse que escapa acaba por ficar a vegetar. Tinha sofrido uma rutura na carótida esquerda, que comprometia a irrigação do cérebro. Era um caso muito raro, mas aconteceu-me a mim. Todos os dias agradeço a Deus, pois o facto de estar vivo e sem sequelas é um verdadeiro milagre, tanto que a medicina não tem explicação para eu fazer a minha vida normal.”
Fernando Godinho
Fonte: Folha de Portugal
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