Aos 16 anos, Alzira conheceu o ex-marido e casou. Mas, ao fim de apenas dois meses, começou a sofrer maus-tratos, pois, ele era muito ciumento

“Aos 18 anos, tive a oportunidade de ir para a Suíça. Fui pensando que lá tudo iria mudar, mas, ele teve de ficar cá para ir à tropa e começou a meter-se nas drogas. Depois, de ele ir para a Suíça, começou a bater-me constantemente e a usar ainda mais drogas. Foi assim que cheguei ao ponto de tentar o suicídio por duas vezes. A primeira vez foi com medicamentos e a segunda vez foi com álcool para ganhar coragem para me atirar da varanda abaixo. Eu morava no 5º andar, mas, ele impediu-me”.

REVOLTA

“Como não conseguia tirar a minha própria vida, sentia toda aquela revolta dentro de mim e, então, entrei em depressão profunda, chegando ao ponto de perder a minha memória em cerca de 80%. Estive internada numa clínica psiquiátrica durante 3 meses e, entretanto, saí para vir fazer uma visita. Só que nesse dia, o meu ex pegou numa pistola e tentou-me matar na presença do meu filho, mas, foi desarmado pela polícia e eu fui com o meu filho para uma casa do apoio à vítima”.

FELICIDADE

“Eu sofria de tudo o que era doença e maldição, gastando cerca de 8 mil euros em bruxos, mas, a minha situação piorava dia após dia. Tive uma paralisia total, ficando 11 meses numa cama do hospital, depois, fui mandada para casa para morrer. Tomava 16 comprimidos por dia, até que duas obreiras me convidaram para ir à Universal, mas, eu não aceitei e até lhes disse que Deus não existia. Entretanto, comecei a ter ataques epiléticos e o meu filho chegou a encontrar-me desmaiada na banheira cheia de água. Tive de ser reanimada e, quando acordei, estava perturbada. Foi nessa altura que aceitei ir à Igreja, onde comecei a ouvir a Palavra de Deus e a colocar a minha fé em prática. A partir daí, a minha vida começou a mudar e fui curada totalmente, mas, o bem maior que recebi foi o batismo com o Espírito Santo! Depois de 2 anos sem trabalhar, comecei a estudar e tirei vários cursos para poder trabalhar em hospitais. Hoje, tenho vontade de viver, paz e o meu interior foi preenchido pelo Espírito Santo! Agora, sou feliz e realizada! Conheci o meu esposo há um ano e meio, casámos e, hoje, sou feliz sentimentalmente”.

Alzira Santos

Fonte: Eu era assim

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