Até nos transportes públicos… na verdade, bastava estar num local fechado que o nível de ansiedade de Gracinda começava, de imediato, a subir e ela ficava, literalmente, em pânico!

Triste, ansiosa e deprimida… é esta a descrição que faz quando questionada como era a sua existência no passado. De facto, Gracinda era uma sombra do que hoje é. “Eu tinha medo de sair à rua, de facto, eu não tinha paz em lado nenhum, independentemente do local onde estivesse”, relembra. E como uma situação de mal-estar ou de enfermidade parece sempre evoluir ou atrair algo pior, Gracinda começou a deixar de dormir, a negligenciar a sua higiene e a não tomar conta da sua família. Do seu ponto de vista era, praticamente, uma viva-morta.

12 ANOS “ESCRAVA”

Muito se fala de saúde mental, e não é por acaso, pois, há mais de uma década se fazia a antevisão do aumento vertiginoso de doenças como a depressão e é o que tem acontecido. Gracinda esteve subjugada a esta doença durante 12 anos. Procurou ajuda na medicina, mas, os exames nada acusavam. “Os médicos afirmavam que era de origem nervosa e receitavam-me calmantes, que me deixavam a sentir pior. Fui procurar a solução a vários sítios que me indicavam, mas voltava pior… até que decidi não procurar mais nada e deixar acontecer o que tivesse de acontecer…”, recorda.

HAVIA ESPERANÇA

Sem que ela soubesse, o irmão e a cunhada de Gracinda já frequentavam a Universal. E foi numa visita à casa deles que a cunhada lhe falou desta igreja onde eram realizadas reuniões, onde escutava a Palavra de Deus, fazia orações a que estava a ter efeitos práticos na vida deles, eles estavam a melhorar! “Pedi-lhe que me levasse e, a partir daí, fiquei até hoje! Sou feliz, tenho paz onde quer que esteja! Deus dá-me forças para vencer e suportar todas as situações e não só, hoje tenho certeza da salvação, e, com o Espírito Santo, sinto-me 100% completa!”, garante.

VERDADEIRA FAMÍLIA

Foi através do grupo Calebe, do qual Gracinda faz parte, que ela também encontrou o apoio para a sua vida. “Cantamos, dançamos, fazemos atividades…, mas também temos uma palavra de conforto. O Calebe é muito bom, pois tem-me ajudado e sei que me vai continuar a ajudar!”, afirma, deixando o convite a todos que se sentem sós e desamparados e não sabem mais o que fazer a procurar a Universal e a juntar-se ao grupo Calebe.
Gracinda Miguéns

Fonte: Folha de Portugal

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