Abusos, revolta, vícios e um sofrimento sem fim levaram Carmen até ao mais profundo abismo

“Tudo começou na minha infância, com a separação dos meus pais e quando o meu pai nos entregou a uma tia para nos criar. Foi aí que um primo mais velho abusou da minha irmã e, depois, de mim, durante dois anos. Ele, por ser mais velho, em vez de cuidar de nós, ainda piorou mais ainda a nossa situação.
Por volta dos meus 12/13 anos, o meu pai mandou-me viver para França e aí mesmo é que foi o meu pior momento. Tinha uma raiva enorme dos meus familiares, tornei-me muito vingativa e má. Depois, comecei a procurar preencher o meu vazio com o vício do roubo. Para além disso, não dormia e sofria com ataques de pânico, pensando até em cortar-me…”

UM CONVITE

“A depressão tomou conta de mim e, então, vim para Portugal para viver com a minha mãe, mas não lhe obedecia. Comecei a sair à noite com as amigas para roubar, fui presa várias vezes e a depressão e o desejo de vingança só aumentavam. Até que, um dia, um rapaz, que já frequentava a Universal, me convidou para ir à Igreja e foi assim que encontrei a porta de saída, para conseguir entender o porquê de tudo o que passei”.

ENTENDIMENTO

“Comecei a frequentar as reuniões e a entender a origem de tanto sofrimento e de tantos erros que cometia. Entendi que não precisava carregar mágoas, ressentimentos, nem desejo de vingança. Não podia mais aceitar viver nas trevas, por isso, lutei pela minha libertação, indo à Igreja todos os dias para receber o cumprimento da Palavra de Deus, de dentro para fora. Foi assim que alcancei a verdadeira liberdade e o Espírito Santo proporcionou-me uma vida digna, de filha de Deus!
Hoje, estou livre da depressão, dos vícios… tenho uma família linda e casei-me com o rapaz que me convidou para ir à Igreja. Agora, trabalho por conta própria, a minha família está na presença de Deus e temos o principal, o Espírito Santo para nos direcionar”.

Carmen Macedo

Fonte: Folha de Portugal