Nunca chegou a ser física, mas diz-se que há palavras ou atitudes que doem mais do que muitos gestos

E era assim que Nuno sentia o desmoronar do seu casamento. A cada dia que passava a parede que o separava da sua mulher aumentava em altura e espessura, sem que ele nada pudesse fazer. “Não havia qualquer comunicação e existia muita violência verbal, não física. Era como se existisse uma parede entre nós, onde nem sequer existia contacto físico”, relembra. A sua filha mais velha assistia a este drama familiar sem que nada pudesse antever a resolução de Sandra de colocar os pertences do marido à porta para que este abandonasse o lar, de uma vez por todas.

VIDAS SEPARADAS. Contas, cartões, vidas totalmente separadas era a realidade financeira do casal, que apenas o era de nome. “Abríamos a boca apenas para discutir, não existia um bom ambiente familiar…”, diz Nuno. A frustração de Sandra era notória para Nuno, que tentava de todas as formas recuperar o amor da sua mulher. Flores, chocolates, cartas de amor… nada surtia efeito e assim foi durante dois anos. “Eu fazia o oposto de tudo o que uma mulher deveria fazer, inclusivamente procurar uma pessoa fora do casamento”, assume Sandra, que sentia muita solidão e por isso levava uma vida de solteira, mesmo sendo casada e mãe.

“O SÍTIO CERTO!”. Foi assim que Sandra descreveu ao seu marido a Universal, a qual começou a frequentar a convite da mãe. Depois de descobrir o que precisava de ser consertado no seu interior após uma tentativa de suicídio de Sandra, o casal passou a aprender e colocar em prática os ensinamentos que recebia. Hoje são o oposto do passado! Amigos acima de tudo, são companheiros de uma vida que foi reescrita devido à sua capacidade de entrega não só um ao outro, mas, acima de tudo, a Deus e à fé na Sua Palavra.

Nuno e Sandra Moura

Fonte: Folha de Portugal

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