Não apresentam queixa e a grande maioria permanece em silêncio… assim agem os homens sujeitos a violência física ou psicológica

Pode ser por parte da sua parceira ou parceiro, mas o sexo da vítima é sempre o mesmo: masculino. E são estes que se calam, os homens. E quem se questiona sobre o motivo deste silêncio, de imediato responde na sua própria mente, enumerando os diferentes motivos: a vergonha, o medo, a falta de apoio… tudo devido ao tabu que este tipo de crime ainda constitui. “A violência doméstica contra homens existe, é grave e precisa de respostas adequadas”, segundo a Associação de Apoio à Vítima (APAV).

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Vera e Dylan protagonizaram, recentemente, uma cena que dividiu a sociedade. Concorrentes de um reality show, ela bateu nele e homens e mulheres aplaudiram. E são as mentes do povo que refletem o pensamento comum no que à violência doméstica diz respeito: ela tem género, sim! Ou seja, se a vítima for do sexo feminino, acaba por ser considerada “mais vítima” do que se esta for do sexo masculino.
E foi nos últimos 4 anos que os números da violência doméstica no masculino ganharam uma expressão sem precedentes. Por telefone, email ou online, cerca de cinquenta por cento (48,2%) dos homens adultos que são vítimas apresentaram queixa. Quando a vítima é masculina, existe um desconhecimento maior sobre os apoios existentes, que acabam por atrasar a denúncia. Entre dois e seis anos é o tempo muitos demoram a pedir ajuda, um número que nem sequer atinge os 30%.

Fonte: Folha de Portugal

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