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“Por volta dos 10/11 anos, fui abusada por alguém muito próximo de mim. Na altura, não tinha a atenção de ninguém, pois, o meu pai era alcoólico e a minha mãe trabalhava muito para poder manter uma casa e 3 filhos. Na escola, sempre fui uma criança muito revoltada, sofrendo de bullying. Já na adolescência, comecei a beber e a tomar muita medicação para tentar preencher aquele vazio e tristeza. Cheguei ao ponto de tomar a medicação com álcool porque quis terminar com a minha vida, mas fui parar ao hospital e fiquei internada para me tentarem controlar com a medicação. Só que, na minha mente, ouvia uma voz que me dizia que iria ficar ali pouco tempo e que iria novamente tentar o suicídio. Portei-me muito bem, deram-me alta e voltei à mesma vida de antes. Não me recordo de quantos anos passei nessa vida!”
SEM SOLUÇÃO
“Durante esse tempo, a minha mãe nunca desistiu de mim, levando-me a bruxos, cartomantes e até a um padre para me exorcizar. Mas, nada funcionava, muito pelo contrário, só aumentava ainda mais a minha angústia e dor. Continuei a tentar o suicídio porque pensava que assim acabava com o sofrimento da minha mãe e com o meu. Tentava suicidar-me quando a minha mãe saia para ir trabalhar e ela, inclusive, chegou a ter de estar com baixa médica para me poder controlar. Eu achava que a morte era a única solução para mim!”
O CONVITE
“Cheguei a estar novamente internada noutro hospital, durante 2 semanas, para fazer uma desintoxicação e uma cura de sono. Depois de sair de lá, tive um esgotamento e os médicos diziam que apenas me poderiam dar medicação para controlar a depressão. Mesmo depois de ter a minha filha, ainda pensei no suicídio, mas, nunca o tentei. Então, uma colega de trabalho da minha mãe falou-lhe na Universal e disse-lhe para me levar lá numa sexta-feira. Quando a minha mãe parou o carro em frente à porta da Igreja, não consegui sair e o pastor teve de me vir buscar. A partir daí, comecei a notar melhorias, a libertar-me e a minha vida começou a mudar!”
A MUDANÇA
“Na Igreja, aprendi que para poder receber o Espírito Santo, tinha de abdicar de muita coisa, inclusive da mágoa que tinha daquela pessoa que abusou de mim quando era pequena. Depois de fazer isso, batizei-me nas águas, perseverei na fé e, finalmente, aquele vazio que senti durante tantos anos foi preenchido pelo Espírito Santo. A partir daí, a minha vida transformou-se e, hoje, tenho paz na minha casa, com a minha filha”.
Cláudia Trindade
Fonte: Eu era assim
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