“A forma como tratas as pessoas diz tudo sobre ti…”, embora esta frase seja, provavelmente, de autor desconhecido, faz todo o sentido, especialmente nos tempos em que vivemos…

Mas, será que tratar mal os outros é apenas fruto de uma vontade incontrolável de fazer mal a terceiros e porque algumas pessoas são más por natureza? Estudos afirmam que o nosso comportamento é o resultado da nossa educação, das nossas perceções, crenças, pensamentos e emoções… e é certo que cada tem a sua história e, em muitos casos, existem frustrações, depressões e maus-tratos antigos que sustentam as reações que muitos têm para com os outros no seu dia a dia. Porém, será que isso justifica tratar mal quem quer que seja, especialmente, quando a outra pessoa o trata bem?

DEFENSIVOS/AGRESSIVOS

Perder as estribeiras, desrespeitar, falar sem educação, rebaixar, não olhar nos olhos… será tudo fruto da incapacidade de se colocar no lugar do outro? Ou será uma postura defensiva de “atacar para não ser atacado”? A realidade é que tudo se tratará apenas de conjeturas, hipóteses sobre o que poderá esconder o comportamento agressivo de cada pessoa para com o outro. Já se viu em situações em que tratou mal a alguém e, de certa forma, se sentiu redimido em relação à sua própria dor? Então, é o momento de se questionar: “o que esconde este meu comportamento?”. Helena Santos hoje sabe que a sua atitude na vida não era normal. Sentia uma espécie de prazer em ver o caos ao seu redor, pois, só assim, se sentia menos mal consigo mesma…

“Só me sentia bem no meio da confusão…”

Se por um lado, Helena admite que “gostava de pôr tudo a arder”, por outro, também reconhece que existia uma grande tristeza por detrás do seu comportamento, que culminava numa imensa vontade de se matar

Helena Santos consegue precisar a fase em que assume ter-se tornado uma verdadeira má pessoa. Foi quando os seus pais começaram a atravessar problemas que ela própria mudou a sua maneira de ser. “Gostava de arranjar problemas e de pôr tudo a arder!”, confessa Helena, que tinha visões de vultos e declarava-se como assumidamente má. Porém, tudo isso derivava da sua infância passada em Angola, onde existia muita bruxaria e também por os seus pais viajarem muito e, praticamente, ter sido criada pelos empregados.

INCONSOLÁVEL

Mesmo em criança, Helena já sentia uma tristeza tão intensa que fazia planos para tirar a própria vida. Questionava-se sobre o que estaria a fazer neste mundo e apenas com 8 anos pensava em enforcar-se ou atirar-se de uma varanda, porém, faltava-lhe a coragem. “Quando viemos para Portugal, a situação piorou. Casei e tornei-me ainda mais agressiva. Agredia o meu marido, tratava-o mal, chegando ao ponto de o morder… não me sentia humana”, relembra. Esta situação prolongou-se, mesmo quando teve filhos. “Só me sentia bem no meio da confusão”, confessa, ao mesmo tempo em que passou a receber maus-tratos do marido e viu os filhos a rebelarem-se.

O CONVITE

Também devido aos problemas de saúde, Helena procurou pela solução em bruxas, cartomantes, mas tudo apenas piorava, ao ponto de deixar de andar. “Conheci a Universal através do meu marido. A grande diferença inicial foi ter começado a dormir, a ter mais calma interior, a tratar melhor os meus filhos, pois era muito má para eles e às vezes até tinham medo de falar comigo… e foi aí que comecei a ver a diferença em mim”, conta. Gradualmente, veio a cura, a libertação e o seu interior mudou totalmente. “Aquela pessoa má, rancorosa, orgulhosa… tornou-se diferente! Mas, foi o Batismo com o Espírito Santo que operou a verdadeira transformação!”, garante uma Helena que hoje tem saúde, paz interior e com os outros, assim como um casamento reconstruído e feliz.

Helena Santos

Fonte: Folha de Portugal

Artigos relacionados