Ainda na adolescência, Joana e a mãe foram apanhadas de surpresa com uma doença grave, mas, cujos sintomas eram muito subtis
“No meu caso, apareceram-me uns nódulos no pescoço e demorou muito tempo até conseguirem detetar e diagnosticar o cancro. Tudo porque quando ia aos médicos diziam-me sempre que era muito jovem e receitavam-me medicamentos que nada me faziam. Por isso, nunca chegava a fazer exames para saber se era algo realmente grave! Só depois de já ter ido muitas vezes ao médico é que perceberam que os nódulos não paravam de aumentar. Após fazer uma ecografia, fui diagnosticada com cancro, mais precisamente LINFOMA DE HODGKIN”.

CHOQUE
“Tanto eu como a minha família ficámos sem reação perante aquele diagnóstico e quando nos disseram que eu teria de deixar os Açores e ir para Lisboa para poder ser tratada foi outro choque, pois, teríamos de enfrentar uma realidade totalmente diferente. A esse choque aliou-se depois a preocupação de como iriamos ultrapassar esse diagnóstico”.
TRATAMENTOS
“Fiz quimioterapia, durante 4 ou 5 meses, e radioterapia, por 1 mês, porque a médica disse que, apesar de os tratamentos estarem a correr bem, precisava de algo mais intensivo. Sofri muito com os efeitos secundários da quimioterapia, vomitava muito e ficava muito cansada. Embora, os efeitos da quimioterapia fossem a curto prazo, já os da radioterapia são a longo prazo.
Apesar de não querer cortar o cabelo, a médica aconselhou-me a fazê-lo e só quando vi que estava a cair muito é que quebrei, indo com a minha mãe cortá-lo completamente. Então, agarrei-me à fé e decidi seguir em frente, crendo que iria ser curada”.
A CURA
“Apesar de quando ia fazer os tratamentos, ver muitas crianças e jovens irem-se abaixo, eu não queria ser como eles e, por isso, agarrava-me a Deus. As enfermeiras repararam, então, que eu era diferente, pois, mesmo estando a passar por todo aquele processo, eu estava sempre animada. Normalmente, quando se faz quimioterapia os níveis de sangue vão por aí abaixo e é necessário fazer transfusões de sangue, mas, no meu caso, nunca precisei de fazer. Logo aí pude ver a Mão de Deus! A fé fortaleceu-me diante da doença! Sempre fiz exames de rotina que puderam comprovar a minha cura e a médica disse-me que estava tudo bem comigo, inclusive tenho o relatório a comprovar tudo isso. Estou CURADA HÁ MAIS DE 5 ANOS!”
Joana Laranja
Fonte: Eu era assim
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