Segundo o jornal Expresso, o número de pessoas que telefonam para a SOS Voz Amiga, a mais antiga linha telefónica de prevenção do suicídio em Portugal aumentou desde o início da pandemia, na realidade o valor quase que duplicou, passando de cerca de 600 para 800, contabilizando aquelas às quais não conseguiram dar resposta.
Embora as pessoas liguem pelas mesmas razões que antes, segundo Francisco Paulino, presidente da SOS Voz Amiga, existe algo de diferente nelas. Estão “mais ansiosas”, algumas delas já perderam o emprego e outras receiam vir a perdê-lo.
Solidão, inclusivamente a “solidão em família”, mas, hoje em dia, sobretudo a ansiedade. De acordo com o presidente em entrevista ao jornal Expresso, “verifica-se já um acréscimo no número de chamadas por problemas económicos”, de pessoas que perderam o emprego ou receiam vir a perdê-lo, “à semelhança do que aconteceu durante a crise económica de 2008”.