O que sua personalidade revela a SEU respeito?

Não é um problema querer agradar às pessoas que amamos. Contudo muitas mulheres se preocupam mais com o que os outros pensam dela do que com quem realmente são. Elas se anularam e quando olham para a imagem que criaram de si mesmas não se reconhecem. Aos poucos, vão perdendo a própria identidade e a chance de aprenderem com seus erros, uma vez que suas decisões são pautadas nas opiniões alheias.

A psicóloga Rafaela Ribeiro de Paiva explica que esse comportamento pode ter origem na infância. Ela comenta que o relacionamento com a mãe, o pai ou quem cuidou dela quando criança é de grande importância, pois é a base de como ela estabelecerá seus vínculos na fase adulta.

“Se a criação dessa mulher, por exemplo, foi muito autoritária, ela tende a ser submissa quando adulta. E essa dependência reforçada na infância refletirá nos relacionamentos futuros. Se a pessoa responsável pela criança não fortalece a independência, elogiando suas ações, por exemplo, ela provavelmente crescerá acreditando que tudo que faz é ruim e que o outro sempre está certo”, alerta.

Rafaela esclarece que a partir do momento que a mulher não se reconhece como uma pessoa capaz de fazer suas próprias escolhas e aceita tudo o que lhe é apresentado, ela passa a se anular diante da vontade do outro.

Existem ainda mulheres que vivem buscando uma forma de se autoafirmar mudando frequentemente o exterior, como os cabelos e o estilo de roupas. Elas nunca estão satisfeitas com a aparência. Para a psicóloga, essa mudança frequente não é problema, mas sim o fato de nunca estarem bem com a própria imagem, o que pode revelar um problema emocional, um indício de que as coisas não vão bem internamente. “É importante transformar esse sinal em algo positivo, pois ele pode estar demonstrando um desejo de mudança ainda não identificado. E, além disso, é fundamental avaliar que ele não deve ocorrer apenas externamente, mas de forma interna”, declara.

Um novo ciclo

A especialista orienta que, caso esteja existindo um ciclo de anulação e insatisfação, ele pode ser rompido com um esforço de autoconhecimento. “A mulher não deve se anular por nada nem ninguém. Ela precisa conhecer seu valor próprio, silenciar as expectativas do mundo externo e olhar para dentro de si, buscar o gosta e o que deseja. Esse é um processo que algumas pessoas não conseguem fazer sozinhas e precisam da ajuda de um profissional”, finaliza.

Autoconhecimento

A escritora Núbia Siqueira no texto intitulado Se Conhecer para se Corrigir trata da importância do autoconhecimento para alcançar o progresso pessoal e menciona o texto bíblico: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (João 8.32). Para ela, essa Verdade é a Palavra de Deus, capaz de iluminar o entendimento humano e nos libertar das prisões espirituais.

Ela afirma que o autoconhecimento pode ser doloroso, mas faz parte do processo de cura da alma. Quando a mulher se depara com suas piores falhas, ela passa a entender que é muito diferente da pessoa que julgava ser. “Não há como alcançar a verdadeira felicidade sem percorrer esse caminho. Caminhando por ele, você desenvolverá novas percepções de si mesma e reconhecerá virtudes de que tanto precisa para lidar com os desafios da vida. Esse discernimento fará você se antecipar às suas fraquezas, a ajudará a fazer uso dos seus pontos fortes, afinal todas temos qualidades, e lhe dará condições de corrigir os defeitos que antes não enxergava ou não conseguia mudar”, diz.

Portanto, amiga leitora, é preciso se conhecer, saber seus pontos fortes e fracos e entender a razão de suas falhas e inseguranças para depois fazer mudanças. Além disso, busque orientação de profissionais e, acima de tudo, de Deus, para que você se conheça mais a cada dia e agrade somente a Ele.

Fonte: Universal