O injusto estado da saúde dos portugueses

Vivem mais, mas pior e com mais doenças… esta é a injustiça vivida na área da saúde pela grande maioria dos portugueses

São homens e mulheres que tiveram uma alimentação cuidada e praticaram exercício físico ao longo da vida, mas, de repente, um cancro devastador tomou conta do seu corpo e pouco tempo de vida lhes resta… e, quando não é uma doença de origem cancerígena, é uma de origem cardíaca ou crónica que lhes condiciona a vida.
Em notícia veiculada pelo site SAPO Lifestyle, o alerta é do médico Luís Campos, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. A realidade é que a incidência das doenças crónicas está a crescer em Portugal à medida que aumenta a esperança de vida, atingindo mais de metade da população, sobretudo os idosos.

“A prevalência das doenças crónicas está a aumentar em Portugal, induzida principalmente por dois fatores: o aumento da esperança de vida e os comportamentos de risco. Entre os países industrializados, Portugal vai ser o terceiro país onde a esperança de vida mais vai aumentar para as mulheres, até 2030, no entanto, somos o terceiro país europeu onde as mulheres têm menos anos de vida saudável, apenas seis anos a partir dos 65 anos”, alerta Luís Campos, médico internista e Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

Todavia, também alguns comportamentos de risco têm vindo a contribuir para este agravamento. “Estes factos fazem com que a nossa população viva cada vez mais, mas cada vez pior. É imperioso inverter esta situação e isso só pode ser conseguido se for dada completa prioridade à prevenção das doenças e à promoção de estilos de vida saudáveis”, avisa o médico.

Antónia Guedelha acumulava problemas de saúde que a afetavam não só física e psicológicamente, mas também a sua vida profissional.