O fim do sofrimento hereditário

“Eu tinha sete anos e a minha irmã 16 quando fomos atropelados. Eu fiquei ferido, mas a minha irmã faleceu.”

“Desde que me conheço que a minha vida foi marcada por perdas e criminalidade. A minha avó tinha o vício de fazer pequenos furtos e, onde quer que fosse, ela sentia a necessidade de levar consigo algo daquele local. Quando a minha avó morreu, o meu pai que, tinha apenas 10 anos, viu o mal que agia na minha avó começar a agir nele, passando a assaltar e a traficar.

Quando o meu pai foi preso, eu tinha apenas um ano e, durante 13 anos, todos os fins de semana, eu ia visitá-lo ao presídio. A minha mãe acabou por se separar do meu pai por causa de uma traição, mesmo ele estando preso.

Entretanto, quando eu tinha três anos, a minha mãe casou novamente e teve mais quatro filhos, dois dos quais se tornaram ladrões de bancos, passando a polícia a invadir a nossa casa e eles a irem presos. Quando eu tinha sete anos e a minha irmã 16 fomos atropelados, quando estávamos a atravessar uma avenida. Eu fiquei ferido, mas a minha irmã faleceu, o que causou uma depressão profunda na minha mãe. A minha tia que já conhecia o trabalho da Universal convidou a minha mãe para ir com ela às reuniões. Ela acabou por aceitar e por vencer a depressão, convidando-me para ir com ela, mas eu não tinha forças para ir. E a minha vida continuou a ser de dor e de sofrimento!

O meu pai, que ainda estava preso, ficou, entretanto, doente e acabou por falecer.”

“Então, esse mal hereditário veio para a minha vida e, aos 13 anos, comecei a fumar e a usar drogas. Quando já não tinha mais nada para roubar em casa, comecei a fazer assaltos à mão armada e, aos 15 anos, acabei por ser preso. Fiquei num presídio para menores durante um ano e três meses.

Com 20 anos, estava eu a vender droga e comecei a refletir sobre os sete anos passados na vida do crime e sobre o mal que acompanhava a minha família. Então, lembrei-me dos convites da minha mãe para ir à Universal e decidi ir, ainda mesmo sob o efeito de drogas. Logo no primeiro dia em que pisei na Igreja, a primeira coisa que recebi foi a paz que não tido durante esse tempo todo.

Mas, durante três meses, ia à Igreja e quando saía consumia drogas. Até que, após o meu batismo nas águas, tomei uma decisão e larguei as drogas. A fim de um ano na Universal, já estava livre das drogas, da delinquência e de todo o mal que me perseguia a mim e à minha família.

Dali em diante, conheci o grupo ‘Dose Mais Forte’ e comecei a ajudar aquelas pessoas que estavam a passar pelo mesmo que eu tinha passado. Nesse grupo conheci também a minha atual esposa e na minha casa há paz, saúde e união. Agora, dedico parte do meu tempo a ajudar jovens cuja vida tem sido marcada por perdas, delinquência, drogas… Eu sou a prova viva de que existe o antes e o depois!”

Ralph Silva