Não seja pego de surpresa!

Os tempos conturbados em que vivemos dão azo à reflexão e a perguntas que, muitas vezes ficam sem resposta…

“Para onde vamos?”; “Será que estamos a viver os finais dos tempos?”; “Quando eu morrer, será que acaba tudo?”… desde que tomamos consciência do nosso ser e que a nossa razão entra em atividade, que nos começamos a questionar sobre a nossa proveniência e a razão de estarmos neste mundo. Para o cristão, a Palavra de Deus é a principal fonte de explicação para todas estas questões e foi, exatamente sobre isso, que se debruçou a mensagem transmitida pelo bispo Domingos Siqueira, no passado domingo, dia 9 de fevereiro.

“O céu e a terra passarão, mas as Minhas palavras não hão-de passar. Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente Meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.” (Mateus 24.35-39)

A grande verdade bíblica é que poucos entrarão no Céu… mas, não porque Deus não queira levar todos para o Céu, pois Ele criou o paraíso para para todos os que quiserem ir… começou por explicar o orador a mensagem da manhã de domingo. Este, na realidade, é o consolo de todo o cristão, de que por maior que seja o sofrimento neste mundo, existe sempre esperança de que ele irá acabar, se não acabar em vida, acabará na morte.

Como tal, além da fé, também temos a esperança, que nos faz ter alento de que em vida qualquer situação pode ser transformada, mas após a morte não há o que fazer. Por isso é que Jesus falava tanto acerca desse lugar de onde nem mesmo a Sua morte ou Sangue derramado na cruz poderiam tirar, pois, aquela pessoa teria que reconhecer o Sacrifício d’Ele enquanto estivesse viva.

O inferno é um lugar de dor e tormento, é um lugar tão cruel e terrível, que Jesus chegou a contar uma parábola sobre o mesmo: a do rico e de Lázaro. O rico foi lançado no inferno não porque era rico, mas porque não se arrependeu. Aliás, ninguém vai para o inferno por ser rico, nem vai para o Céu por ser pobre. O Céu é para quem crê! A Salvação tem a ver com a fé, com arrependimento… explicou o bispo.

“Quem crer no Senhor Jesus Cristo será salvo”, é o que diz a Palavra de Deus, por isso, a Salvação nada tem a ver com bens. Aquele rico, quando estava em tormento, compreendeu que nem todo o seu dinheiro o poderia tirar daquele lugar. E foi naquele momento, quando ele olha para o alto, que vê Lázaro, o pobre mendigo que ficava à sua porta a pedir comida… porém, Lázaro creu e a sua condição de miséria não o impediu de entrar no Céu. No inferno, em tormento, o rico disse:

“E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.” (Lucas 16.24)

Abraão não permitiu, pois, uma vez no inferno, a pessoa nunca mais sairá de lá e, uma vez no Céu, o mesmo acontece. “Você que está aqui hoje, tem a chance de ser salvo, a sua alma pode ser salva se assumir um compromisso com Deus”, alertou a todos o bispo.

Para estabelecer um paralelo, tal como hoje em dia, os dias de Noé, eram de muita rebeldia para com Deus. Assim como hoje as pessoas blasfemam contra Ele, na época de Noé havia muita perversidade, desrespeito, não havia senso de justiça, todos agiam para com o próximo com ganância, segundas intenções e mentiras.
Atualmente, muitas pessoas questionam o seguinte: “se Deus é bom, por que motivo acontecem tantas tragédias, mortes, existe tanta violência ou maldade?” Outros perguntam “onde está Deus?”. Pois bem, Deus está onde sempre esteve, a questão não é onde está Deus e sim o que as pessoas têm feito?

Deus deu-nos a liberdade de escolhermos o que queremos e a humanidade faz as suas escolhas e colhe os resultados, mas Deus é sempre o culpado. As pessoas procuram o mal, vivem no pecado… mas, quando vêm as consequências do mesmo, não se culpam a si mesmas ou assumem a responsabilidade, pelo contrário, dizem: “Deus é o culpado!”

Assim como foi nos dias de Noé “será a vinda do Filho do homem”, ou seja, cada um vivia a sua vida quando, de repente, veio a destruição. O mal virá a este mundo de repente, o nosso Senhor retornará e muitos serão pegos de surpresa… alertou o orador naquela manhã especial para que todos levassem a sua salvação muito a sério e sem demora.

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