Filhas perdidas para as drogas e a violência

Foi o seu afastamento de Deus que ditou o início dos problemas na vida das duas irmãs… mas foi à sua mãe que coube encontrar a solução para que as suas filhas não se perdessem para sempre

“O que elas são hoje, nada tem a ver com o passado”

A frequentarem a Igreja desde pequenas, as filhas de Lígia sempre apresentaram um comportamento exemplar. Porém, foi quando entraram na adolescência e se afastaram da presença de Deus que os problemas começaram a surgir.

“Foi nessa altura que elas começaram a sofrer. Envolveram-se com amizades que não deviam. Inclusivamente, a minha filha mais velha entrou numa relação abusiva, onde era maltratada, sofrendo agressões e humilhações, pois o rapaz era muito ciumento”, conta a mãe, que sofria muito com tudo isto.

E são as palavras da própria filha Étiene que relatam o pesadelo vivido: “ele humilhava-me, dizia que eu não era nada, não me deixava conviver com as minhas amiga na escola… enfim, comecei a perder tudo. Antes, era considerada muito boa aluna, tomada como bom exemplo dentre as minhas colegas e até pelos professores, mas tudo começou a mudar, pois ele consumia toda a minha energia. Eram traições, humilhações, inclusivamente, a minha irmã chegou a assistir ele a empurrar-me para o chão”.

ORAR PELAS FILHAS. Nesta fase, já Lígia orava de forma incessante, intercedendo e fazendo votos com Deus pelas filhas.

“Fiz tudo, pela fé, para as ter de volta… e em menos de dois meses elas voltaram a envolver-se com as coisas de Deus e tornaram-se membros do Força Jovem.”

O que elas são hoje, nada tem a ver com o passado. Uma delas, na altura, quando tinha 15 anos, chegou de se envolver com as drogas, nomeadamente a cocaína, o tabaco e as más companhias, até fugindo de casa para ir à discoteca. Eu tentava conversar com elas para tentar chamá-las à razão, mas nada disso resolvia… a única coisa que resolveu, a única solução foi o Altar”, relembra a mãe de família que hoje é feliz e tem o coração em paz por ter recuperado a paz e a harmonia total na sua família.

Lígia Gregório
Fonte: Folha de Portugal, edição Nº758