Fé é pouco usada para diminuir sofrimento na doença

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O resultado é de um estudo apresentando na Escola Superior de Enfermagem da universidade do Minho

A fé religiosa raramente é utilizada como principal recurso para atenuar o sofrimento e lidar melhor com a doença crónica, revela o doutoramento de Paula Encarnação, da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho.

O estudo, que envolveu uma centena de doentes, nota que o bem-estar da fé cristã chega a ser comparado pelos participantes a atividades de lazer como “fazer parapente, “ouvir música” e “ver televisão”, independentemente da prática religiosa, crença, estádio da doença, idade e sexo.

“Se as pessoas não tiverem consciência que a fé pode funcionar como uma força e um recurso geral de resistência ao sofrimento, então não a usam”, revela Paula Encarnação.

Os resultados destacam que só metade dos inquiridos entende o sofrimento que está a viver, sobretudo os jovens, que têm acesso a mais informação, logo tendem a racionalizar mais. “Usam a internet para elucidar dúvidas, desconstruir medos ou procurar redes de apoio e respostas sobre a sintomatologia e os tratamentos da doença; como têm várias áreas de interesse, olham para a vida de forma diferente”, frisa.

Por outro lado, a consciencialização do sofrimento ajudou os participantes do estudo a atribuir novos significados à sua vida e a buscar ferramentas para superar com dignidade situações angustiantes, refere. O estudo de investigação demonstra que não há uma relação direta entre a fé e o sofrimento, contrariando estudos internacionais na área.

Fonte: lifestyle.sapo.pt

Aprender a usar a Fé

Eliete estava, praticamente, acamada, já que os seus problemas de coluna não a permitiam sequer levantar-se da cama, local onde fazia a higiene e se alimentava. Porém, tudo isso viria a mudar quando decidiu ir a um local do qual lhe tinham falado. “Falaram-me da Igreja Universal e eu fui, acompanhada pela minha mãe, filhas e marido. Vim num colchão, deitada, porque eu não podia andar”, relembra o seu estado.

Após a oração, Eliete deparou-se com as possibilidades infinitas do poder da Fé! “O pastor perguntou quem não podia andar e quem estivesse nessa condição que se levantasse e eu levantei-me e andei. Fiquei bem! E, quando voltei para casa, já não fui deitada no colchão e sim sentada ao lado do meu marido.

A partir daquele dia, comecei a frequentar a Igreja. Eu, que tomava imensos comprimidos para a depressão e ia inclusive a psiquiatras, fiquei boa. Dali em diante, fui fazendo as correntes, fui-me libertando de outros problemas e o que fui pedindo, fui recebendo”.

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