Enxaquecas incapacitam cada vez mais trabalhadores

Uma investigação realizada a nível mundial veio revelar que 60% das pessoas afetadas por enxaquecas graves ausentam-se, em média, uma semana por mês do trabalho

As dores de cabeça encontram-se no topo da lista das dores que mais nos atormentam, sendo as mulheres normalmente mais afetadas do que os homens. Na origem das cefaleias podemos encontrar fatores biológicos e genéticos, mas estas também podem ser explicadas pela forma como cada um de nós reage aos diferentes estímulos a que estamos sujeitos diariamente.
As enxaquecas afetam entre 15 a 18% da população a nível mundial, de acordo com um artigo publicado na Physiological Reviews. Levando ainda 60% das pessoas a faltarem, em média, cerca de uma semana ao trabalho por mês, segundo uma investigação efetuada pela Novartis e pela European Migraine and Headache Alliance. Esta incapacidade, que pode durar dias, apresenta um custo total de entre 18 a 27 milhões de euros apenas na Europa, noticiou recentemente o Destak.

Doença crónica. A enxaqueca é uma dor de cabeça crónica que se caracteriza por episódios de dor pulsátil, moderada a intensa, que tende a localizar-se num dos lados da cabeça, podendo mudar de lado. É sentida, especialmente, na região da órbita e da têmpora. Os episódios de dor podem durar entre 4 a 72 horas, com intervalos de dias, semanas, meses ou até mesmo anos.
Entre as queixas que lhe são associadas estão: a intolerância a estímulos sensoriais, como é o caso da luz e do som; para além das náuseas e dos vómitos. Na maioria dos casos, estes sintomas duram cerca de 20 minutos e antecedem a dor.
Entre os fatores desencadeantes estão: as flutuações hormonais; o período menstrual e/ou a toma da pílula no caso das mulheres; um jejum prolongado; a ingestão de álcool; a privação de café; o stress; a privação de sono ou o dormir em excesso; a ingestão de gorduras, chocolates, natas e queijo.
Entre lista de fatores agravantes podemos incluir a luminosidade, o barulho, o esforço e alguns movimentos da cabeça.
A nível de prevenção é essencial evitar os fatores desencadeantes. Para além disso, os especialistas recomendam uma boa noite de sono e evitar os fatores agravantes. A nível de tratamento das enxaquecas estão disponíveis no mercado farmácos antimigranosos específicos, anti-inflamatórios e fármacos profiláticos de diversos grupos.

Fonte: observador.pt, lifestyle.sapo.pt e destak.pt