É preciso noticiar violência doméstica com mais rigor

A ERC vem aconselhar as estações de televisão a abandonarem o sensacionalismo quando chega a hora de noticiarem os casos de violência doméstica, apostando sim num maior rigor jornalístico

De acordo com o estudo “Representações da Violência Doméstica nos telejornais de horário nobre”,  divulgado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), depois de uma análise dos telejornais de horário nobre da RTP1, RTP2, SIC e TVI, entre 2013 e 2015, num total de 432 peças, foram encontrados “elementos no tratamento jornalístico da violência doméstica que revelam pouco investimento na problematização deste fenómeno social e rigor informativo, podendo simplificar as representações sobre esta temática”.

Em 45,6%  das notícias analisadas, a ERC pôde constatar “questões de falta de rigor, em virtude da identificação parcial ou da ausência total de referências a fontes de informação” e em 52,8% notou mesmo o “recurso sensacionalista ou a combinação de vários elementos”.

Por isso, a ERC elaborou uma “proposta de reflexão”a ser seguida pelos operadores de sinal aberto na cobertura deste tipo de crimes, que passa por “rejeitar o sensacionalismo nas notícias sobre violência doméstica” e por recomendar que “os crimes de violência doméstica sejam enquadrados como problema social mais vasto, indo para além do crime e como um processo complexo que tem as suas raízes na desigualdade entre homens e mulheres”, pois acredita que “a visibilidade de todas as formas de violência doméstica pode contribuir para despertar consciências e para que a sociedade as reconheça, concorrendo para a sua prevenção e erradicação”.

Por vezes, para ajudar a prevenir futuros casos de violência doméstica e para ajudar quem já está a sofrer com este problema basta que alguém que já esteve envolvido nessa situação venha a público relatar a sua história. Desta feita, não é uma vítima a relatar a sua história, mas sim um agressor, Eusébio Costa, que conta o quão destruída estava a sua vida.

“Estava viciado no álcool e, quando chegava a casa, partia tudo, maltratava a minha esposa, tratando-a pior do que a uma mulher da rua. Não tinha paz, nem alegria!

Quando estava no meio dos amigos, estava bem, mas, quando ia para casa, dizia para mim mesmo que ia entrar num inferno. Eu odiava a minha esposa e o meu filho! Cheguei mesmo ao ponto de dar uma navalhada na minha esposa porque a queria matar. Foi aí que a minha vida chegou ao fundo do poço!

Então, comecei a correr tudo o que era bruxaria, mas as coisas pioraram ainda mais. Acabei por me separar da minha esposa e fui viver um tempo para a casa de uma irmã minha. Entretanto, comecei a andar nos médicos, a fazer exames e tratamentos. Mas os médicos não descobriam qual era a causa do meu problema.

Foi nesse estado de destruição que cheguei à Universal, onde através da fé e da perseverança, a minha vida começou a mudar. Participei nas reuniões de sexta-feira, onde alcancei a minha libertação espiritual. Também sacrifiquei na Fogueira Santa pela minha vida sentimental e hoje sou feliz com a minha esposa e os meus dois filhos. Agora, tenho uma vida financeira abençoada, saúde, paz e alegria!”

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Fonte: mag.sapo.pt e jn.pt

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