Cruz de Pau, uma das cidades-dormitório mais carenciadas de Lisboa

Pertencente à freguesia da Amora, concelho do Seixal, a Cruz de Pau, tal como várias cidades da periferia, apresenta vários pontos de desequilíbrio, nomeadamente motivados por focos de pobreza

A grande Lisboa mudou bastante logo após o 25 de abril, sendo que a população residente aumentou de forma exponencial. Com a chegada de muitos retornados e refugiados das ex-colónias, o número de cidadãos aumentou ainda mais, tornando-se necessário dar respostas imediatas às necessidades que surgiam. Na margem sul, nomeadamente, os novos habitantes instalaram-se maioritariamente nas proximidades do Parque Urbano das Paivas, “pulmão verde” da Amora, na Cruz de Pau, na Atalaia e Quinta da Princesa. Nestes locais existem várias etnias, destacando-se: brasileiros, guineenses, angolanos, ciganos, cabo-verdianos, indianos e moçambicanos de origem indiana, chineses, para além de eslavos do leste europeu.

Uma ajuda preciosa

Muitas destas pessoas vieram à procura de uma vida melhor, enfrentando todos os obstáculos que isso implica, muitas até tendo chegado a passar fome, frio e quem sabe até dormido ao relento. Alguns dos bairros da região da Cruz de Pau ainda apresentam habitações precárias, continuando os seus habitantes a viver em constantes necessidades. Foi a estes bairros para onde os voluntários do grupo Anjos da Noite se dirigiram recentemente, tendo oferecido não apenas alimentos (fruta, sandes, sopas e bebidas quentes), mas também a tão necessária mensagem de conforto e otimismo que iria consolar os seus recetores.

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