Arrancar a dor sentida na alma

Hoje, com mais de 50 anos, Uta, de nacionalidade austríaca e psicóloga de profissão, admite que viveu o tormento que, habitualmente, ajudava os seus pacientes a ultrapassar.

Com problemas graves que não conseguia vencer sozinha, Uta ‘sobrevivia’ com uma depressão profunda e ataques de pânico, que decorreram das perdas constantes que sofreu. “Perdi o emprego, o casamento e comecei a enfrentar processos judiciais que me levaram a perder a custódia dos meus dois filhos”, revela. A depressão sofrida por 6 longos anos, fez com que a psicóloga não conseguisse sair de casa e chegasse a pesar 45kg. “Não tinha apetite, nem forças, não dormia bem, não cuidava da minha higiene pessoal e não conseguia resolver assuntos do dia a dia que antes tinha facilidade em resolver.”

ALMA EM SANGUE

“A minha capacidade de me expressar desapareceu e nem falar conseguia. Numa simples conversa gaguejava constantemente, era muito insegura. A relação com os meus filhos também não era boa. Havia discussões constantes, pois exigia deles uma atenção exagerada.

Tomei muitos medicamentos, fui a psiquiatras, psicoterapeutas e, por ser formada em psicologia, também tentei tratar-me sozinha. Li vários livros de autoajuda, mas nada era capaz de arrancar a dor que sentia na alma, a qual ‘sangrava’ diariamente, por causa da depressão. Por vezes, pensei em morrer!”

DATA MEMORÁVEL

21 de junho de 2020, foi o dia em que Uta descobriu que existia uma saída para a sua situação. “Ao caminhar na rua, vi a porta da Universal aberta. Não sabia do que se tratava exatamente, mas entrei. Vi que naquele lugar havia algo diferente. A partir de então, passei a frequentar as reuniões, quase que diariamente. Comecei a ler a Bíblia, a participar dos propósitos de fée a praticar o que aprendia. Passei a falar com Deus e a pedir-Lhe ajuda. Um dia, ouvi na reunião que não devemos aceitar os problemas como se fossem normais, foi quando me revoltei contra a minha terrível situação.”

PACTO COM DEUS

“Comecei a abandonar os meus pecados. Aprendi a perdoar, o que foi muito difícil para mim, mas, com a ajuda de Deus, tornou-se possível. Hoje, não dependo mais de antidepressivos, não tenho mais ataques de pânico, durmo bem e voltei a ganhar peso. Tenho uma boa relação com os meus pais, com os meus filhos, e também com o pai dos meus filhos. Perdoei a todos e estou livre! Não tenho ódio e procuro viver de acordo com a Palavra de Deus. Tornei-me numa mulher forte, sem medos ou dúvidas!”

Uta Unterweger

Fonte: Eu era assim