Anticorpos para o novo coronavírus estão a ser desenvolvidos em laboratório

Novas descobertas podem abrir caminho para tratamento e vacina contra a COVID-19

O Instituto de Israel para a Investigação Biotecnológica, órgão do Ministério da Defesa do país, anunciou que desenvolveu um anticorpo para o novo coronavírus. A descoberta pode abrir caminho para um tratamento e para a vacina contra a COVID-19. Em comunicado, o instituto assegurou que o anticorpo ataca e neutraliza o vírus nas pessoas doentes.

Embora não tenha sido referido se já foram realizados testes em seres humanos, o anúncio recentemente divulgado confirmou que o instituto prepara a patente, para depois entrar em contacto com empresas farmacêuticas, com o objetivo de produzir em escala comercial.

Entretanto, pesquisadores da Universidade de Utrecht, na Holanda, já tinham afirmado que conseguiram reproduzir em laboratório um anticorpo capaz de inibir a infeção de células pelo novo coronavírus – e outras doenças relacionadas. Nos testes realizados, o anticorpo experimental neutralizou a proteína que fica na superfície do vírus que provoca a COVID-19. E, também evitou os sintomas que causam a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

Segundo os cientistas, o processo de ação do anticorpo necessita de novos estudos in vitro, num ambiente controlado de laboratório, para verificar com que precisão atua. O estudo, ainda preliminar e não testado em humanos, foi publicado na revista científica Nature Communications.

Anticorpos e plasma para conter a pandemia

Diante da pandemia, os esforços de cientistas, laboratórios e órgãos de saúde do mundo todo aceleraram a corrida contra o tempo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 102 pesquisas em vários países à procura de uma vacina contra o novo coronavírus.

Na Itália, por exemplo, um dos países mais afetados pela propagação da COVID-19, um estudo com os anticorpos presentes no plasma sanguíneo de pessoas curadas tem obtido resultados promissores. O diretor do departamento de doenças infecciosas do Instituto Superior da Saúde do país declarou que o tratamento com a terapia plasmática está a dar bom resultado em hospitais da região. E, também pode levar a reprodução em laboratório de anticorpos para o novo coronavírus. Mas, que ainda aguardam provas científicas sobre a eficácia do tratamento.

A saber, a terapia com plasma faz a transfusão da parte líquida do sangue de pessoas recuperadas para as pessoas doentes. Dessa maneira, espera-se que os anticorpos presentes no plasma forneçam imunidade aos doentes. Hospitais britânicos e brasileiros também têm vindo a fazer uso do chamado tratamento com “plasma convalescente”.

Enquanto os estudos para conter a pandemia se mostram promissores, o número de pessoas curadas também cresce. Já são cerca de 1,2 milhão no mundo todo.

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Fonte: Universal.org

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