Agressões físicas e divórcio

Aparentemente, demostrava ser uma pessoa feliz, mas dentro de mim existia um vazio. Cheguei a fumar dois maços de cigarro em dias normais.

Amélia garante que os seus maiores problemas começaram depois do casamento. “Em quatro anos de matrimónio, posso dizer que fui feliz apenas no primeiro ano. No segundo, perdemos o respeito um pelo outro e brigávamos muito. A família dele sempre queria dar opiniões sobre o nosso relacionamento e isso só piorava a nossa situação”, relembra Amélia, sendo que o pior ainda estava para vir. “Chegámos a agredir-nos fisicamente. Tentávamos dialogar, arrependíamo-nos das coisas más que diziamos, mas, pouco tempo depois, tudo voltava a ser como antes ou até pior.

Ao fim de quatro anos, tomei a decisão de pegar nos meus filhos e sair de casa. Deixei Angola e fui morar para o Botsuana, a trabalho. Ali, a minha vida continuava muito difícil.

Aparentemente, demostrava ser uma pessoa feliz, mas dentro de mim existia um vazio. Tive muitos problemas de saúde, os médicos diagnosticaram-me depressão aguda, com sintomas de fortes dores de cabeça e insónia constante e vivia à base de remédios. Cheguei a fumar dois maços de cigarro em dias normais.

Quando, por motivos de trabalho, fui transferida para viver na Itália, passei a ver vultos e a ouvir vozes dentro de casa, onde não tinha ninguém. Não conseguia ser feliz em nenhum relacionamento. Fui enganada e traída… e foi nesses momentos difíceis da minha vida que comecei a desabafar com uma amiga de trabalho, tendo sido através dela que ouvi falar da Igreja Universal. Iniciei o meu processo de libertação, que durou três anos de perseverança e fé. Batizei-me nas águas, aprendi a usar a minha fé e, depois disso, passei a ter a paz e a alegria que tanto procurava. Hoje, não tenho vícios, tristeza ou vazio. Sou uma mulher realizada e completa”, garante Amélia.

Amélia Aurea do Nascimento