Acesso à pornografia está cada vez mais fácil e “normal”

Quando se fala em pornografia, parece que muitos homens estão sempre associados a ela, seja assistindo, seja fazendo algum tipo de piada ou comentário quanto ao assunto. Se perguntar a algum se já recebeu imagens pornográficas no WhatsApp e se as compartilhou, as respostas poderão lhe surpreender. Muitos poderão dizer que já receberam e que não veem nenhum mal em repassá-las ou mesmo comentá-las.

Facilidade

A verdade é que nos últimos anos a busca masculina por sites pornográficos tem crescido imensamente. Em 2017, um levantamento da Amazon apontou que o portal que funciona como um YouTube da pornografia tinha 10 milhões de vídeos disponíveis em sua plataforma e recebia 75 milhões de visitantes diariamente. Se, em 2008, apenas 1% dos usuários acessava o site pelo celular, no ano passado, o percentual já havia subido para 75%. Mesmo se considerarmos que apenas um quarto das pessoas assiste pornografia por meio do computador, já dá para perceber que ficou muito fácil acessar esse tipo de conteúdo.

Vício

Mas, de acordo com especialistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, essa prática pode ser mais prejudicial do que se imagina, uma vez que ela se torna um vício semelhante ao alcoolismo. Com o álcool, quanto mais o viciado bebe, mais ele quer, sem reconhecer o limite. Com a pornografia, quanto mais o homem assiste, mais quer ver, sem conseguir se livrar desse mau hábito.

Balde de gelo

Além de assistir pornografia, muitos homens acabam praticando a masturbação. Eles têm a falsa ideia de que a combinação das duas ações pode ajudá-los em seus casamentos e aprimorá-los para a hora “H”, pois se trataria apenas de um test-drive antes que estejam com a esposa. Mas estão enganados. Mesmo que muitos não saibam, o efeito tem sido outro e, quando chega o momento, o homem não desempenha seu papel como deveria. Em vez de apimentar a relação, a pornografia e a masturbação são um verdadeiro balde de gelo.

Para entender o motivo disso, o escritor e palestrante Renato Cardoso faz uma analogia entre sexo e comida: “o sexo é um apetite humano. Vamos supor que você marque para ir ao melhor restaurante. Se você for como eu, vai pegar leve nas refeições anteriores. Vai desfrutar mais daquela comida se chegar lá com fome e não tiver estragado seu apetite com besteiras antes”, esclarece.

Guarde-se

O palestrante ainda nos convida a pensarmos o seguinte: “considere que o restaurante é seu quarto, a mesa é sua cama, a refeição é o prazer sexual com a sua esposa e a junk food é a pornografia. O que vai ajudar vocês a desfrutarem ao máximo daqueles momentos? Guardar o apetite sexual de vocês para aquela ocasião especial e não estragá-lo com pornografia nem masturbação”, responde.

Perdendo espaço

Mesmo depois de toda essa explicação, muitos homens ainda podem querer defender a pornografia, dizendo que ela faz parte da “cultura masculina” e que estão habituados a entrar na internet para assistir filmes ou vídeos com esse conteúdo. O que eles ainda não entenderam é que essa “cultura” é um dos motivos que estão desvalorizando o homem e fazendo-o até perder espaço.

Ainda há tempo

Além disso, é uma falta de respeito total com a sua esposa. Você se sentiria bem se ela assistisse pornografia para depois estar com você com a justificativa de que a performance dela melhoraria? Creio que não. Por isso, antes de assistir, pensar em partilhar ou até comentar as imagens pornográficas, mude de vez a sua postura quanto a algo que não lhe traz proveito algum. Tire isso da sua vida. Ainda há tempo.

Fonte: Universal