“Acabei por me tornar uma pessoa tímida e depressiva”

Os problemas interiores impediam Marisa de gostar de si mesma e de conseguir relacionar-se de forma saudável com a sua família

Hoje, Marisa Rocha recorda a pessoa amarga que era devido aos complexos que nutria no seu interior. “Guardava mágoa da minha família por causa de diversas situações, entre elas, as brigas constantes entre a minha mãe e o meu padrasto. Acabei por me tornar uma pessoa tímida e depressiva, que vivia na sombra dos outros. Era do tipo que não falava, mas guardava tudo dentro de mim e isso ia-me corroendo por dentro.”

Todas essas questões mal resolvidas levaram-na a procurar alternativas, na adolescência, para tentar entender quem era. “Queria sair com as amigas, mas, com as proibições, fazia-o às escondidas.”

Apesar de, nessa altura, a vida financeira da família ter estabilizado, os problemas invisíveis continuavam lá. “Passei a ocupar o meu tempo com tudo o que podia: fiz aulas de violino, violão, danças, desporto, teatro, mas nada disso mudou ou tirou o sentimento mau que havia dentro de mim.”

A decisão

Foi o convite de uma tia que a fez encontrar a direção certa há 11 anos na Universal. “A reunião de libertação foi a base, pois para o copo ser cheio de água, precisa estar vazio. Nessas reuniões, aprendemos a discernir as coisas e a rejeitar a atuação de toda a obra maligna.”

No dia em que decidiu conhecer a Deus de facto e de verdade, Marisa conheceu a liberdade. “A maior mudança, a princípio, foi perceber que o ódio e a raiva que nutria dentro de mim já não existiam mais. A Marisa de hoje aprendeu a perdoar. Agora, tenho paz, sinto amor pela minha família e não tenho mais complexos. Também aprendi a gostar de mim e a não precisar de me afirmar para ninguém, pois Deus dá-me a segurança que preciso para desafiar os meus medos. A felicidade que Ele me dá é independente das circunstâncias.”

Marisa Rocha