Eliana tem 24 anos, é obreira na Universal há oito anos e nunca teve um relacionamento amoroso porque decidiu esperar o momento certo. Os professores Renato e Cristiane Cardoso explicam o que ela deve fazer para mudar essa realidade.

ELIANA – Tenho 24 anos, sou obreira na Igreja há oito anos e nunca vivi um relacionamento, pois decidi esperar o momento certo. Sou fiel na Terapia do Amor e tenho aprendido muito com as palestras. Sempre aconselham os solteiros a não ficarem parados, esperando por alguém, mas a buscar pela vida amorosa. Como faço para encontrar uma pessoa sem me expor e perder minha graciosidade? Tenho que fazer algo a mais?

RENATO – Eu creio muito no conceito de agir enquanto espera. Há coisas que você não pode fazer acontecer, que realmente dependem de outras pessoas, mas, em outros casos, se você ficar de braços cruzados e esperar pelos outros, estará colocando seu destino na mão de terceiros. Vejo que você está preocupada por não ter vivido nenhum relacionamento até hoje. O momento certo que você esperava parece que passou e você não viu.

CRISTIANE – Você deve estar sentindo que passou da hora ou que não sabe o momento certo para se relacionar.

RENATO – Você não está sabendo identificar qual é o momento certo, se é que existe um. Se você não treinar, não se preparar, o que vai fazer quando este momento chegar? Se você não aprende a dirigir e um dia precisar, o que vai fazer?

CRISTIANE – Na Terapia do Amor você aprende muito sobre si mesma, o que é um bom relacionamento e como se relacionar. A prática desse aprendizado é parte da sua responsabilidade. Não acontece uma mágica pelo fato de você ir à Terapia do Amor. Eu imagino que você pense que só por participar das reuniões da Terapia do Amor já esteja fazendo tudo o que precisa. Esse é o seu erro e você também não tem praticado as dicas que os solteiros recebem. Nós sempre falamos que as pessoas precisam fazer a parte delas. Quem é solteiro e está preparado para um relacionamento não pode ficar esperando. Você tem que fazer alguma coisa, como estar em ambientes que tenham pessoas com a mesma fé, se envolver com grupos em que poderá fazer novas amizades e que também conhecem outras pessoas que podem indicar, etc. Existem várias formas de conhecer outras pessoas. Mas se você vai de casa para o trabalho, do trabalho para casa, de casa para a igreja e se mantém nesse ciclo sem conhecer pessoas novas nem fazer nada de diferente – sem se sentar em um lugar diferente na igreja, por exemplo – é difícil acontecer alguma coisa. Por exemplo, você pode ir no grupo de Evangelismo, no do Hospital ou no Anjos da Noite para conhecer outras pessoas. Você não vai se expor nem estará perdendo sua graciosidade. Você perderia sua graciosidade se você chegasse para uma pessoa que você não conhece no Facebook, por meio do contato dos amigos, encontrasse alguém que tem a cara bonita e começasse a conversar com ele. Isso é falta de graciosidade. Neste caso, você não conhece aquela pessoa e praticamente está se oferecendo a um estranho.

RENATO – Muitas pessoas não têm uma ideia clara de como um relacionamento começa. Elas ficam procurando fórmulas, métodos, mágicas, esquemas, truques, táticas para começar um relacionamento com alguém.

CRISTIANE – Talvez isso seja culpa dos filmes. Tanto neles como nas novelas a pessoa cai e vem outra pegá-la ou alguém apenas abre a porta e os dois se olham.

RENATO – Você tem que entender que o filme só tem duas horas e as coisas são contadas bem resumidamente nele. Às vezes, a pessoa pensa que isso vai acontecer na realidade: vai cruzar com a pessoa, ouvir uma música no fundo, ver as estrelas brilharem mais fortes, mas não é assim. O relacionamento na vida real começa com naturalidade. De alguma forma, as pessoas se aproximam, começam um contato, vão se comunicando e, se essa comunicação se tornar agradável, vai melhorando. O que você não pode é ficar esperando que alguém chegue e lhe peça em namoro. Não fique fantasiando, pois o relacionamento é muito mais do que as histórias que nós assistimos.

Fonte: Universal